segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Lista de coisas possíveis que quero fazer ao seu lado:

- Cozinhar para você;
- Café na cama;
- Cinema em casa;
- Assistir friends e estudar;
- Almoçar um domingo com minha família e outro com a sua;
- Fazer uma tattoo no mesmo dia;
- Ir a um show de rock;
- Te convidar para estar na chegada na 1ª corrida daqui 1 mês;
- Deitar em uma grama e ler nossos textos;
- Comprar pastas de dente até 2063.

Acho mesmo que essa lista é sem fim.

domingo, 10 de agosto de 2014

Onça Quente

É quente aqui. Nem precisei ir a Bahia para sentir esse calor. É quente e macio como uma onça. É quente, macio e posso ouvi-lo no quarto ao lado. A melodia lembra House, a música lembra a cena final de Armagedon. Combinação de doce, charme e emoção.

Gosto do silêncio também.

Meus pés continuam gelados. Faltam poucos dias para a primavera. Não haverão mais chocolates quentes e nem pés gelados. Esqueço e compro meias novas todo inverno. Vou pedir pantufas ao Papai Noel, vindas direto do polo norte e estarei preparada para as noites quentes de pés gelados.

Limparia meus dedos na ponta do lençol. Mas foi presente de Maria, e não encontrarei anti-gordurante para limpar essa enorme sujeira.

sábado, 9 de agosto de 2014

3h33

3h33: estará ele pensando em mim? Com certeza.
3h34: estará ele também pensando em mim? Não, a regra é clara.

Desejei incansavelmente que fosse o contrário. E remei rumo a Guanabara até a água invadir o barco. Agora carrego o peso de vê-lo se afogar todos os dias. É lindo seu amor. Como posso tirar isso dele contando-lhe que existem outros barcos. É para ele como rosa. Como pode o destino de alguém limitar-se a um sim ou não?

Quando escreveram Desencontros deveriam ter amassado e jogado fora. Olha quantas guerras teriam sido evitadas. Gregos e troianos seria apenas aquele bar, naquela noite, com aquela cerveja.

Não há livre arbítrio no sentir. Ou eu estaria inundada. E me faria feliz. O rio é calmo e suave. Sou capaz de correr sete quilômetros e oitocentos metros em volta dele, só para apreciar seu sorriso. Mas isso ainda não me faz feliz.

“Eu quero a sorte de um amor tranquilo” dizia a canção no rádio. Ah! Eu tive sorte. Eu tive quatro verões por ano. Tive bis de sobremesa. E futebol no domingo. Por diabos, porque isso não me fazia feliz?

A frustração de não ser dona de mim posso conviver. Mas não posso engolir este café toda manhã. Viajei, voltei e nada saiu do lugar. Será esse o tão lindo amor que citam nos livros? É bonito de ver. É duro de viver.

Preciso que você também viaje. Me tire esse peso. Sou incapaz de mandar a chuva embora, quem dirá o amor. Quero provar da saudade da sua partida. E rirmos dela quando você voltar com uma blusa nova que eu comprei.

Por favor, seja feliz!

sábado, 2 de agosto de 2014

Migalhas de Pão

Para as formigas são alimento para duas semanas. Para João e Maria era a salvação. Para as crianças é brinquedo em volta do Lago de Patos. Para mim, apenas farelo.

Eu não sabia que farelos tinham gosto de chocolate suíço. Não devia ter provado, eles são caros demais. Terei que vender toda minha mobília para comprar uma dose de farelo.
Pra que?

Não sei como doutores ainda não pensaram da importância de abrirmos Migalhas Anônimos. Do contrário, eu deveria voluntariamente visitar o Mandaqui.

Estou precisando de novos remédios para o sono, essas migalhas estão me causando fortes efeitos colaterais e me atacam o fígado. Ontem me falaram que deve ser bom ser insano a todo tempo. Acho que prefiro provar o avesso.

Vou cortar a medicação. Voltar a sanidade. E como fumante que troca seu vício por chicletes de menta, vou me drogar de cinco a dez quilômetros de corrida diariamente e fazer a inscrição para a São Silvestre.